sábado, 15 de setembro de 2012

REVIEW: "Balas & Bolinhos - O Último Capítulo"


FICHA TÉCNICA:
Realizador: Luís Ismael
Actores: Luís Ismael, Jorge Neto, João Pires
Género: Comédia/Acção/Aventura
Duração: 2 horas e 10 minutos

SINOPSE OFICIAL:
Um tenta enganar. O outro anda a gamar. E há até quem não saiba o que anda a fazer...
A verdade é que a vida continua difícil para Culatra (J.D. Duarte), Rato (Jorge Neto) e Bino (João Pires).
Mas tudo muda quando Tone (Luís Ismael), o homem do Mundo, regressa a casa para tentar salvar o pai, que está às portas da morte.
E quando o reencontro acontece, partem para a mais surpreendente das suas aventuras.
Se tudo estava mal, agora vai ficar pior!

O VEREDICTO:
Se mais razões não houvessem, o terceiro tomo da saga "Balas & Bolinhos" já ganhava a nossa admiração pelo simples facto de levar as pessoas às salas de cinema.
79.000 espectadores em apenas uma semana (!), na conjectura económica que o país atravessa, é algo digno de admiração, regozijo. Que outros filmes de berço nacional são capazes de mover assim as massas?
No entanto, e deixo já o aviso, este não é um filme para “meninas”, para os que se deixam inflamar por um qualquer comentário mais cáustico ou uma linguagem hardcore, mas para todos aqueles cuja susceptibilidade não é ferida facilmente e que têm como objectivo passar um bocado descontraído, conseguindo perceber o filme como aquilo que realmente é e o que representa. Quem, como eu, foi ver o filme, não estava certamente à espera de requinte, de um argumento elaborado e intrincado ou de sair da sala a questionar-se acerca do sentido da vida.
"Balas & Bolinhos - O Último Capítulo" é uma paródia simples, autêntica, com um estilo de humor nonsense, nada pretensioso mas capaz de gerar boa-disposição e é aqui que a aventura de Tone e Cia. se afirma, cativa o seu público e granjeia a sua fama actual, sem bazófias nem aspirações megalómanas e irreais, sendo apenas e só um filme de cariz humorístico.
Por isso, e apesar de não ser um fã acérrimo da história, gabo-lhe o arrojo, a eficácia e atribuo-lhe o mérito que muitos ainda teimam não reconhecer.
Porque o cinema não é algo elitista que valoriza apenas os filmes intelectuais com enredos sofisticados. Cinema é igualmente entretenimento!
A sétima arte é a forma mais acessível de se absorver cultura e, por isso mesmo, deve-se apostar na diversificação de conteúdos, não valorizando apenas os argumentos mais cuidados, mas levando também em conta as preferências do povo.
Luís Ismael arriscou e com a “sorte dos audazes” levou a sua ideia a bom porto, demonstrando que o cinema em Portugal não é tão “preto e branco” como à partida se poderia pensar e muitos ainda o pintam.
Este realizador novato aventurou-se e a sua aposta foi ganha… outros agora façam o mesmo!

NOTA (0 A 5):
3

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