FICHA TÉCNICA:
Autor: John Carlin
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 280
P.V.P. (aproximado) - 17,11€
SINOPSE OFICIAL:
Quando Nelson Mandela conquistou a presidência nas primeiras eleições livres, sabia que esta mudança formal não era suficiente para extinguir os ódios alimentados durante décadas. Com aquele seu carisma que tanto sobressai pela inteligência e humanidade, como por um magnetismo fortemente sedutor, o seu esforço orientou-se no sentido de unir negros e brancos através de algo que pudesse encarnar a alma nacional. Num golpe de génio, viu na final da Taça Mundial de Râguebi de 1995 a oportunidade única para pôr em prática o seu plano...
O VEREDICTO:
Completíssimo e avassalador.
Incluindo fotos e depoimentos, este "Invictus - O Triunfo de Mandela" de John Carlin relata primorosamente a epopeia de Mandela naquela que foi a sua maior façanha enquanto presidente da África do Sul, deixando-nos inequivocamente impressionados com a força de espírito de Nelson.
"Não havia um par de olhos enxutos naquele estádio", relembra Van Zyl Slabbert, o "africânder liberal", "duro veterano de mil batalhas políticas".
Todo um país se rendeu, embevecido pela vitória da selecção liderada por François Pienaar, pelo "triunfo dos Guerreiros do arco-íris", tornando-se finalmente "uma equipa", sem cores, credos ou diferenças...
Com o Apartheid em vigor num país a um passo de uma guerra civil, havia urgência em acalmar as hostes e arquitectar um plano que de alguma forma lhes despertasse um sentido de união, de pertença. Nelson Mandela, num golpe de génio, "insistiu com grande veemência" que, dada a proximidade do campeonato mundial de râguebi, fosse o desporto o catalisador desta mudança "partidária", um "instrumento de persuasão política".
Não foi fácil, havia toda uma segregação racial e um ódio visceral difícil de conter ameaçando interromper a paz "oca" a cada momento. Os hinos de intolerância entoavam pelas cidades e o próprio Apartheid era encarado como uma "ordem divina".
Havia a "Lei de Áreas de Agrupamento", que proibia "negros e brancos de coabitarem as mesmas áreas das cidades", a "Junta de Classificação de Raças" e o revoltante livro "Biblical Aspects of Apartheid" que "confortava os sul-africanos brancos preocupados com a perspectiva de se verem obrigados a misturar-se com os negros no Paraíso".
"Deus abençoe a África
Que a sua glória se eleve
Ouve os nossos rogos, Deus,
E abençoa os teus filhos
Vem, Espírito
Vem, Espírito Santo
Deus, rogamos-Te que protejas a nossa nação,
Que intervenhas em todos os conflitos.
Protege-nos,
Protege a nossa nação,
Protege-nos
Até ao fim dos tempos."
Até o próprio hino na língua de Mandela, um "apelo à coragem" para os sul-africanos negros, era encarado como uma ameaça pela população branca, uma "expressão ameaçadora da vasta maré negra que os rodeava e os poderia engolir a qualquer momento".
O caminho foi sinuoso, demorado, mas dia 24 de Junho de 1995, no estádio de Ellis Park, o presidente teve os frutos da sua insistência e determinação ao ver o seu país cantando em uníssono e aplaudindo os heróis de camisola verde e dourada.
Completíssimo e avassalador.
Incluindo fotos e depoimentos, este "Invictus - O Triunfo de Mandela" de John Carlin relata primorosamente a epopeia de Mandela naquela que foi a sua maior façanha enquanto presidente da África do Sul, deixando-nos inequivocamente impressionados com a força de espírito de Nelson.
"Não havia um par de olhos enxutos naquele estádio", relembra Van Zyl Slabbert, o "africânder liberal", "duro veterano de mil batalhas políticas".
Todo um país se rendeu, embevecido pela vitória da selecção liderada por François Pienaar, pelo "triunfo dos Guerreiros do arco-íris", tornando-se finalmente "uma equipa", sem cores, credos ou diferenças...
Com o Apartheid em vigor num país a um passo de uma guerra civil, havia urgência em acalmar as hostes e arquitectar um plano que de alguma forma lhes despertasse um sentido de união, de pertença. Nelson Mandela, num golpe de génio, "insistiu com grande veemência" que, dada a proximidade do campeonato mundial de râguebi, fosse o desporto o catalisador desta mudança "partidária", um "instrumento de persuasão política".
Não foi fácil, havia toda uma segregação racial e um ódio visceral difícil de conter ameaçando interromper a paz "oca" a cada momento. Os hinos de intolerância entoavam pelas cidades e o próprio Apartheid era encarado como uma "ordem divina".
Havia a "Lei de Áreas de Agrupamento", que proibia "negros e brancos de coabitarem as mesmas áreas das cidades", a "Junta de Classificação de Raças" e o revoltante livro "Biblical Aspects of Apartheid" que "confortava os sul-africanos brancos preocupados com a perspectiva de se verem obrigados a misturar-se com os negros no Paraíso".
"Deus abençoe a África
Que a sua glória se eleve
Ouve os nossos rogos, Deus,
E abençoa os teus filhos
Vem, Espírito
Vem, Espírito Santo
Deus, rogamos-Te que protejas a nossa nação,
Que intervenhas em todos os conflitos.
Protege-nos,
Protege a nossa nação,
Protege-nos
Até ao fim dos tempos."
Até o próprio hino na língua de Mandela, um "apelo à coragem" para os sul-africanos negros, era encarado como uma ameaça pela população branca, uma "expressão ameaçadora da vasta maré negra que os rodeava e os poderia engolir a qualquer momento".
O caminho foi sinuoso, demorado, mas dia 24 de Junho de 1995, no estádio de Ellis Park, o presidente teve os frutos da sua insistência e determinação ao ver o seu país cantando em uníssono e aplaudindo os heróis de camisola verde e dourada.
«François, muito obrigado pelo que acabou de fazer pelo nosso país.»
«Não, senhor presidente, Nós é que agradecemos pelo que fez pelo nosso país!»
«Não, senhor presidente, Nós é que agradecemos pelo que fez pelo nosso país!»