Com o Verão chega toda uma nova vaga de boa-disposição. Os dias ficam mais compridos, as roupas mais curtas e à medida que a minha pele escurece ao sol a minha lista de livros por ler diminui. Gosto de me esparramar na toalha com um bom livro na mão. Para mim não há nada mais satisfatório que ler entre mergulhos no mar e jogos de futebol improvisados.
Um livro lê-se melhor salpicado de areia, água salgada, sumo de melancia e protector solar com cheiro a côco. Lê-se melhor a jiboiar de papo para o ar. Lê-se melhor com risos de crianças e "splashes" como melodia de fundo.
Se também aproveitam todos os bocadinhos que o Verão vos dá para colocar a leitura em dia, então este passatempo é para vocês. Aliámo-nos à LEYA para vos oferecer uma selecção dos melhores livros infantis da Editorial Caminho.
Para serem lidos em família...
Ilustrações de Arlindo Fagundes
Crípton, Hélio, Néon, Árgon e Xénon são cinco filhos de um casal de cientistas, e por isso mesmo foram baptizados com nomes de gases raros. Crípton torna-se amigo do Pedro e junta-se ao grupo. É ele quem lhes revela o poder calmante da alface e a terrível ameaça de morte contida na amêndoa amarga. Também é ele que os conduz a uma enorme fábrica de produtos químicos onde não faltavam ameaças e segredos. Para os desvendar foi necessário embrenharem-se no estranho bosque da Serra da Arrábida por entre plantas que de longe parecem pequenas e afinal se tornam gigantescas e engolem os visitantes.
Ilustrações de Arlindo Fagundes
Segundo a tradição, as ilhas dos Açores são os picos das montanhas de um continente chamado Atlântica que se afundou por causa de um pavoroso terramoto acompanhado de um maremoto. Há quem diga que no fundo das lagoas e no interior das furnas, onde as águas borbulham e de onde saem jactos de vapor com cheiro a enxofre, se encontram vestígios dessa fantástica e riquíssima civilização que possuía um metal mais valioso do que o ouro e a platina, o oricalco.
É nesse cenário fabuloso que as gémeas, o Pedro, o Chico e o João vão viver mais uma das suas emocionantes aventuras.
Ilustrações de Arlindo Fagundes
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura - 7º Ano de escolaridade
Então o homem soltou o pano branco, que flutuou ao sabor do vento. Aquele era o sinal de partida, as quadrigas dispararam lado a lado e foram ganhando velocidade até à primeira curva, onde a branca e a azul se distanciaram das outras duas. Mas logo adiante voltaram a ficar lado a lado e os gritos da multidão redobraram. Ana hesitava entre arregalar os olhos para ver melhor o irmão ou tapá-los para não ver nada.
Tinha medo de que ele caísse, tinha medo de que se magoasse, tinha quase a certeza de que ia perder e tinha pena de o ver perder. «Para que é que ele se meteu nisto!», pensou mordendo os dedos com tanta força que até fez sangue. «É sempre assim, dá comigo em doida!»
Ilustrações de Arlindo Fagundes
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura - 4º Ano de Escolaridade
Ana e João são irmãos mas muito diferentes. Ela é uma rapariga ajuizada e sensata, ele bastante disparatado e impulsivo. Apesar disso entendem-se às mil maravilhas.
Nas férias foram passar uns dias à quinta de uma tia na serra do Marão.
Tanto na quinta como na aldeia as pessoas andavam alvoraçadas por causa de um homem com fama de bruxo que se instalara no castelo. Em vez de ficarem com medo, decidiram ir dar uma espreita e a surpresa não podia ter sido maior: o velho era cientista, chamava-se Orlando e pertencia à AIVET, a fabulosa Associação Internacional de Viagens no Espaço e no Tempo. Tinha uma máquina nas caves e convidou-os para darem um mergulho ao tempo dos castelos. Eles aceitaram sem saber o que os esperava.
Poucos segundos depois já cavalgavam em florestas infestadas de lobos acompanhando uma caçada ao javali. Mas a viagem reserva-lhes muitos outros momentos de perigo e emoção e um encontro inesquecível com o jovem Afonso Henriques em vésperas de se tornar o primeiro rei de Portugal.
Ilustrações de António Pilar
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura - 5º e 6º Anos de escolaridade
Este livro tenta responder a várias perguntas que têm dirigido ao autor: «Por acaso não terá uma peçazinha disponível, para nós representarmos, na nossa escola?» ou «Dava-nos uma peça para o nosso grupo de teatro itinerante, que não comporte muitos actores?» ou «Nunca pensou em pegar numa das suas histórias e transformá-la numa pequena peça de teatro?» ou «Precisamos de uma peça de montagem fácil. Tem alguma à mão?» Os espectáculos aqui propostos dispensam quase tudo, do aparato das luzes de cena aos sumptuosos figurinos. Só não dispensam o prazer irresistível de inventar o Teatro.
Ilustrações de Carlos Barradas
S. Pedro, o porteiro do Céu, explica aos inocentes anjinhos o que são “pecados do mundo”. É uma aula muito divertida, tanto mais que o santo resolveu aliviar a teoria, com exemplos práticos. Debruçados da varanda de nuvens, anjos e santo seguem os passos de um casal de namorados. Será que aqueles amores vão dar em casamento? Se contássemos, logo no princípio, a história toda, já o contar não tinha tanta graça. "Salta Para o Saco!" é uma recriação do conto "O Soldado Que Meteu o Diabo no Saco", que o autor recuperou à sua maneira.
Com doze anos, o Constantino ainda não deitou corpo, mas lá esperteza não lhe falta.
O pior é a escola: gosta mais de andar aos peixes e aos pássaros. E acabou por apanhar uma raposa sem sequer ir à caça. Enquanto guarda as vacas, o Constantino sonha é em ser serralheiro de navios e fazer um barco que o leve até Lisboa.
Amanhã mesmo deita mãos à obra.
Ilustrações de Danuta Wojciechowska
Menção Especial Prémio Nacional de Ilustração 2001
Livro Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura - 4º Ano de Escolaridade
O Gato e o Escuro revela-nos uma faceta inédita da obra de Mia Couto, já que a escrita para crianças não tem sido o seu território (esta «incursão» surgiu do pedido de uma revista).
Descobrir este novo território de Mia Couto e explorar este livro, em que a criatividade literária e linguística do texto e as ilustrações vibrantes de Danuta Wojciechowska mutuamente se iluminam, será um prazer para as crianças. E para os adultos também.
«Mesmo assim, no dia seguinte, ele insistiu na brincadeira. E passou mesmo todo inteiro para o lado de além da claridade. À medida que avançava o seu coração tiquetaqueava. Temia o castigo. Fechou os olhos e andou assim, sobrancelhado noite adentro. Andou, andou, atravessando a imensa noitidão.»
Ilustrações de Danuta Wojciechowska
De repente, numa aldeia africana, a chuva não cai, fica suspensa, «pasmada», diz um rapazinho da aldeia. O rio também está a secar. Será culpa de uma fábrica instalada perto dali? Será magia? Que papel têm aqui os velhos mitos e lendas? Os mandadores das nuvens conseguirão resolver o problema?
«Como ele sempre dissera: o rio e o coração, o que os une? O rio nunca está feito, como não está o coração. Ambos são sempre nascentes, sempre nascendo. Ou como eu hoje escrevo: milagre é o rio não findar mais. Milagre é o coração começar sempre no peito de outra vida.»
Mia Couto conduz-nos a um universo mágico a que as belíssimas ilustrações de Danuta Wojciechowska dão um toque especial.
Mar me quer de Mia Couto;
Ilustrações de João Nasi Pereira
Um dia o padre Nunes me falou de Luarmina, seus brumosos passados. O pai era um grego, um desses pescadores que arrumou rede em costas de Moçambique, do lado de lá da baía de S. Vicente. Já se antigamentara há muito. A mãe morreu pouco tempo depois. Dizem que de desgosto. Não devido da viuvez, mas por causa da beleza da filha. Ao que parece, Luarmina endoidava os homens graúdos que abutreavam em redor da casa. A senhora maldizia a perfeição de sua filha. Diz-se que, enlouquecida, certa noite intentou de golpear o rosto de Luarmina. Só para a esfeiar e, assim, afastar os candidatos. Depois da morte da mãe, enviaram Luarmina para o lado de cá, para ela se amoldar na Missão, entregue a reza e crucifixo. Havia que arrumar a moça por fora, engomá-la por dentro. E foi assim que ela se dedicou a linhas, agulhas e dedais. Até se transferir para sua actual moradia, nos arredores de minha existência.
O Beijo da Palavrinha de Mia Couto;
Ilustrações maravilhosas de Danuta Wojciechowska
Prémio Nacional de Ilustração 2003
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura - 4º Ano de escolaridade
«Não se escreve para crianças.
Teremos, apenas, idade para viver em história.
Encantados, como os personagens deste livrinho.
Deste modo estaremos aptos a sermos beijados pelas palavras.»
Este livro conta a história de Maria Poeirinha, menina pobre do interior, que nunca vira o mar.
Muito doente, recebe o carinho da família e, principalmente do irmão que, de uma forma emocionante, apresenta o mar a Poeirinha. É impossível não nos emocionarmos com a história.
Querem ganhar um destes magníficos livros?
Escolham qual o que gostariam de ler com os vossos pequenitos e preencham o formulário abaixo.
Boa sorte!
TERMINADO
Lista de premiados AQUI.