quarta-feira, 13 de novembro de 2013

REVIEW: "Dá Tempo ao Tempo"


FICHA TÉCNICA:
Realizador: Richard Curtis
Intérpretes: Domhnall Gleeson, Rachel McAdams, Bill Nighy
Género: Comédia/Drama/Romance/Ficção Científica
Duração: 2 horas e 5 minutos

SINOPSE OFICIAL:
Aos 21 anos, Tim Lake (Gleeson) descobre que consegue viajar no tempo…
Após mais uma insatisfatória festa de Ano Novo, o pai de Tim (Nighy) revela-lhe que os homens da sua família sempre tiveram a capacidade de viajar no tempo. Tim não pode mudar a história, mas consegue alterar o que acontece ou aconteceu na sua própria vida – então, decide tornar o seu mundo um lugar melhor… arranjando uma namorada. Infelizmente, esse feito tornou-se mais complicado do que previa.
Ao mudar-se de Cornwall para Londres, para estudar advocacia, Tim finalmente conhece a belíssima, mas insegura, Mary (McAdams). Apaixonam-se, mas um lamentável incidente nas viagens pelo tempo faz com que ele nunca a tenha conhecido. Assim, voltam a encontrar-se pela primeira vez, várias vezes, até que, finalmente, depois de muita astúcia a viajar no tempo, ele conquista o seu coração.
Tim utiliza o seu poder para criar o pedido de casamento perfeito, para salvar o seu casamento dos piores discursos dos padrinhos e para salvar o seu melhor amigo de um desastre profissional. Mas conforme a sua vida progride, Tim descobre que a sua habilidade única não o pode salvar das mágoas, amores e dissabores que afectam todas as famílias, em todo o lado. São grandes os limites para o que se consegue com as viagens no tempo, assim como os perigos.


O VEREDICTO:
Todos nós estamos à procura daquela coisa. Algo especial, que nos deixe alegres e com um sorrisinho autêntico nos lábios só de pensarmos nela.
Não tem de ser uma pessoa, pode ser um desenho, uma meta a atingir, o brilho resplandecente do sol, uma música, um poema ou até uma comida (francesinhas fazem-me muito feliz, ok? No judgement!).

A magia de DÁ TEMPO AO TEMPO reside exactamente nesses pequenos detalhes, na forma doce como nos tenta ensinar a valorizar esses instantes - únicos, genuínos, irrepetíveis, inigualáveis, preciosos, nossos.
Não temos o poder de viajar no tempo e revivê-los como Tim e por isso há que aproveitar cada momento ao máximo, sugar a vida até ao tutano, não desperdiçar nem um minuto com aborrecimentos, mesquinhices ou preocupações. Faz parte da essência humana almejar sempre mais, somos ambiciosos por natureza, mas essa busca incessante por mais e melhor não pode interferir com o que já temos e, sobretudo, não pode deixar que tomemos o que já alcançamos por garantido.
O filme, apesar da candura, do sentimentalismo e do humor tipicamente british a que Richard Harris já nos habituou, é muito cruel nesse sentido, ao lembrar-nos impiedosamente que a saúde e a juventude não são os nossos melhores amigos e não tencionam acompanhar-nos para sempre. 

Por tudo isto, e apesar das gargalhadas que nos rouba, DÁ TEMPO AO TEMPO assume-se não como um filme leve e despretensioso mas sim uma lição de vida about people que nos fala de segundas oportunidades e da (quase) impossibilidade de as termos.

NOTA (0 A 5):
4

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